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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Os Dois Lados do Caos

Por Mi Polaca -

Nem sempre era bom acreditar num equilíbrio
Entre uma antítese e outra, o equilíbrio gerava o caos
Caos e nós em sua garganta
E uma estapafúrdia angústia de saber que o longe lhe era tão perto,
Quase palpável de se estar com ela sem poder estar
Então entre um cigarro e outro
Ela tentava se adequar, fazia máscaras, vestia-as
Esculpia o que fosse necessário para permanecer sã
Amputava sentimentos de um lado
Decepava atitudes de outro
Corria de lá pra cá
Como criança sapeca que machuca quando cai de joelhos
Mas mesmo assim, insistia em cair
Caia sem o menor comprometimento,
E repudiava sua dor ao se ver no chão
Na tentativa vã de alcançar o quão baixo ela poderia estar
E como lhe doia a alma
Segurava o choro ao ver as tristes marcas
E não eram suas anatomias curvadas que penavam
Eram suas memórias que enraizadas sangravam incessantemente
Vibrava em seu íntimo
Que ela era alguém
Alguém que ficava muito bem
Quando estava sem ninguém

Por Bel Mckurt -

Ainda sim caimos de joelhos
sobre as máscaras das crianças
sangrando com memórias enraizádas
acostumados com a idéia de que o equilibrio gera o caos
e as vezes mais caos que equilibrio
Escondendo em jeitos e formas que estamos sem estar...
decepando os nós na garganta
presos pelo ar..
quando sem ninguem em mim
bem...eu fico muito bem..
bem..assim..

2 comentários:

  1. amoooooooooooooooooooo você irmã querida

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  2. quero ler uma coisa mais feliz. apesar de ter gostado desse. é bem de dentro, visceral. acho q é por isso q gosto de vir aqui.

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